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Revista da CAASP -Edição 15

SAÚDE \\ a temperatura ficava sempre abaixo dos 15 graus e o ar era filtrado por uma máquina. Eu passei por uma dose ainda maior de quimioterapia, para destruir completamente minha medula e, consequentemente, meu sistema imunológico. Como medida preventiva eu tomava cerca de 10 remédios ao dia, entre eles antibióticos e antifungídicos”, diz Anna Paula. “Qualquer intercorrência com o meu doador, naquele momento, seria fatal para mim”, lembra. No dia 4 de setembro de 2012, Henrique fez a coleta da medula óssea de forma intravenosa, pelo qual são retiradas as células-tronco do sangue do doador, por meio de uma máquina que separa o sangue das células-tronco, devolvendo-o ao paciente. “A quantidade de material doado pelo meu irmão foi cinco vezes maior do que o necessário, a consequência disso foi que a minha medula ‘pegou’ (momento em que as novas células começam a se multiplicar e a produzir células sanguineas) em sete dias, quando o normal é a partir do décimo segundo dia”, descreve Anna Paula. Dois anos e quatro meses depois do transplante, Anna Paula está curada da leucemia mieloide aguda. Ela realiza exames periódicos, os quais nunca registraram nenhuma nova anormalidade. “Algumas lições são tiradas de momentos como os que passei, uma delas é que não devemos encarar um diagnóstico como sentença de morte. Outra é que a prevenção à saúde, com exames periódicos, pode nos salvar a vida”. Vale seguir o conselho de Anna Paula. 30 // Revista da CAASP / Fevereiro 2015 Arquivo A. P. A. Henrique: gesto que salvou a vida da irmã


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