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Revista da CAASP -Edição 14 - Final - 6

Dezembro 2014 / Revista da CAASP // 25 além do aumento do volume da glândula há o surgimento de nódulos, facilmente detectáveis pelo exame de toque retal. O câncer de próstata pode ser de baixo risco (quando as células cancerígenas são menos agressivas e estão localizadas dentro da próstata), de risco intermediário (as células são um pouco mais agressivas e o tumor alcança tecidos vizinhos) e de alto risco (as células são violentas e atingem, além dos tecidos vizinhos, outros órgãos). A maioria dos tumores de próstata cresce lentamente e não causa sintomas. Mas, em casos avançados ocasionam dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e a presença de sangue na urina. Dor óssea é sinal de que a doença evoluiu para um grau de extrema gravidade. “Quando descoberto precocemente, as chances de cura são de 90%. Mas se quando iniciado o tratamento o tumor já estiver para fora da próstata as chances de cura caem para 30%. Fica claro, com essa porcentagem, que o paciente que não realiza os exames periodicamente, se vier a ter câncer, pode perder uma chance de cura única”, ressalta Srougi. Toque retal ainda é tabu Com seus 37 anos de trabalho na área, Miguel Srougi atesta: “O brasileiro ainda é resistente ao exame de toque retal. A resistência em realizar esse procedimento deve-se principalmente ao medo da dor, mas trata-se de um exame que dura menos do que cinco segundos”. Além do toque retal, homens a partir dos 50 anos, no caso daqueles sem histórico familiar da doença, e a partir dos 45 anos, naqueles que apresentem casos da doença na família, devem realizar também o exame laboratorial - a dosagem de PSA, substância encontrada principalmente no sêmen e em pequena quantidade no sangue. “O PSA tem salvado vidas, já que quando há alteração dos seus níveis conseguimos perceber a presença de um câncer em pacientes muitas vezes assintomáticos. No entanto, só com o PSA não é possível fechar o diagnóstico. Essa substância também pode se mostrar alterada sem a presença do câncer ou em níveis normais e, mesmo assim, o paciente ter um câncer. Daí a importância do toque retal, para auxiliar o médico no diagnóstico preciso”, ressalta Srougi. Ricardo Bastos


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