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Revista da CAASP - Edição 13

Nos países da União Europeia, o sistema público de saúde é destinado a pessoas que residem no local e pagam impostos. Depois de muitos casos de turistas estrangeiros que deram prejuízo ao sistema, os países de lá assinaram o Tratado de Schengen, pelo qual é exigido de todo turista de fora da comunidade europeia que possua plano de assistência médica e hospitalar no valor mínimo de 30 mil euros. O tratado prevê que, já no desembarque, o passageiro mostre o comprovante do seguro, sob pena de ficar retido na imigração. Mas isso nem sempre acontece. Andreza, a do blog de turismo campeão de acessos no Brasil, esteve em Londres e não lhe foi exigida apresentação do seguro. De qualquer modo, ela tinha o comprovante. “Não viajo sem. Vai que eu precise...”, diz. “Já gastei muito com seguro, nunca precisei. Sorte minha. Mas, na vida, não dá para contar só com a sorte”, acrescenta. Para não contar com a sorte Se tivesse contado apenas com a sorte, um empresário que contratara a Travel Ace teria se dado muito mal alguns anos atrás, quando decidiu viajar à Europa em um cruzeiro marítimo de 21 dias. Em alto mar, o brasileiro sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), sendo atendido pelo médico do navio. A família fez contato com a seguradora e, como não havia na embarcação equipamentos para um tratamento adequado, a Travel Ace orientou o comandante a desviar a rota, atracar em São Tomé e Príncipe e deixar o paciente em um hospital. Outubro 2014 / Revista da CAASP // 39 Do Brasil, os operadores monitoravam cada etapa da operação. A Travel Ace tem dois jatos próprios, equipados como UTI, e fez decolar um deles para buscar o cliente. Um dia depois, ele estava no Sírio Libanês, em São Paulo, recebendo tratamento. “Ele sobreviveu e voltou ao convívio da família”, diz Roberto Roman. Nesse mercado de planos de assistência em viagem, também existem aqueles que querem cobertura além do oferecido. É o caso de um brasileiro que foi para a Espanha e reagiu a um assalto. O ladrão levou seus pertences, e o brasileiro decidiu correr atrás do criminoso, atracou-se com ele e levou uma mordida de arrancar pedaço. A Travel Ace garantiu o primeiro atendimento no hospital, mas alguns meses depois recebeu uma conta inesperada. O paciente queria que a empresa bancasse o tratamento dele contra a Aids. Sim, por causa da mordida, o paciente contraiu o vírus da doença, que logo se manifestou. O entendimento, nesse caso, é que o contrato não prevê cobertura para atos de violência gerados pelo segurado. WEB Plano de assistência também vale para cruzeiros.


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