Page 28

Revista da CAASP - Edição 11 --

SAÚDE \\ Os caminhos para vencer a obesidade Pela primeira vez desde 2006,o percentual de brasileiros com excesso de peso parou de aumentar. Foi o que revelou a pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada em maio pelo Ministério da Saúde e que ouviu 53 mil adultos nas 26 capitais, além do Distrito Federal. Conforme a sondagem, 50,8% da população brasileira apresentam sobrepeso, contra 51% em 2012. Desses, 17,5% são obesos. Em contrapartida, a taxa de mortalidade por complicações diretamente relacionadas à obesidade triplicou em um período de dez anos, como revelado em abril pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Em 2001, 808 óbitos tiveram a doença como uma das causas. Em 2011, último dado disponível, o número passou para 2.390 - um crescimento de 196%. Qual o limite entre uma pessoa com sobrepeso e uma pessoa obesa? Com um cálculo simples e rápido, é possível responder a essa pergunta. O Índice de Massa Corpórea (IMC), reconhecido com referência pela Organização Mundial da Saúde, é um importante indicador da obesidade. Trata-se de uma fórmula em que o peso, em quilos, é dividido pelo quadrado da altura, em metros. O resultado dessa conta classifica as pessoas com peso normal (IMC de 18,4 a 24,9), sobrepeso (25 a 29,9), obesidade grau I (30 a 34,9), obesidade grau II (35 a 39,9) e obesidade grau III ou obesidade mórbida (IMC acima de 40). Homens e mulheres não engordam da mesma forma. Eles costumam apresentar gordura concentrada na região do abdome, que em excesso caracteriza um quadro de obesidade visceral. A gordura visceral é perigosa, pois favorece o surgimento de doenças metabólicas, como diabetes, e cardiovasculares. Já as mulheres, até a fase do climatério, acumulam gordura principalmente no culote, nas nádegas e nas pernas. Essa gordura é chamada de gordura subcutânea. Ela prejudica menos o metabolismo que a gordura visceral, mas é mais difícil de perder. O IMC não distingue esses dois tipos de gordura. “O IMC não deve ser o único parâmetro para definir os riscos relacionados à obesidade. Outros fatores, como, por exemplo, circunferência abdominal acima de 90 centímetros para homens e 80 centímetros para mulheres, que caracteriza a obesidade visceral, são muito importantes e também 28 // Revista da CAASP / Junho 2014 Reportagem de Karol Pinheiro Sociedade Portuguesa de Meditação e Bem Estar


Revista da CAASP - Edição 11 --
To see the actual publication please follow the link above