EENNTTRREEVVIISSTTAA \\ tempo em que o FMI vinha fiscalizar até a nossa atuação administrativa para dizer “pode fazer isso, não pode fazer aquilo”. Nós éramos devedores do FMI, hoje nós somos credores, temos reservas de 376 bilhões de dólares. Então, isso tudo, e também o desenvolvimento do país, foi mudando a imagem do Brasil. Você ter levado 35 milhões de pessoas da pobreza para a classe média aumentou muito o consumo. Aumentando o consumo, você incrementa a produção e o interesse das empresas estrangeiras, tanto que as empresas que já estavam aqui aumentaram sua produtividade e outras se interessarem por vir para cá. Embora fruto de um processo, essa compreensão se deu de uns 10 anos para cá. Não foram poucas as reuniões que eu fiz com conselhos de brasileiros no exterior em que muitos afirmaram querer voltar para o nosso país. É claro, houve crise nos Estados Unidos, na Europa, as pessoas começaram a sofrer com o desemprego lá. Aqui nós temos quase pleno emprego. O senhor integrará novamente a chapa de Dilma Rousseff como candidato a vice-presidente? Tudo indica que sim, mas eu não quero prever o futuro. Vamos aguardar as convenções partidárias para ver como é que fica. De que forma o senhor, que é professor de direito, vê o ensino jurídico hoje no Brasil? A que se deve a má qualidade que se tem hoje, de modo geral? Isso se deve a uma coisa do passado. Houve um dado momento no Brasil, precisamente na época do regime autoritário, as pessoas abandonaram a ideia do ensino médio, do ensino técnico profissional, e incentivaram os cursos superiores. E começaram a surgir cursos superiores, especialmente de direito, que é de mais fácil criação, que realmente geraram problemas na atividade profissional, tanto que nos últimos tempos o governo voltou-se muito para o ensino técnico. O ensino técnico é um ensino intermediário que habilita as pessoas para o trabalho, especialmente no momento em que surge uma nova classe média que quer emprego. Esse emprego é muito mais fácil na área técnica que na área superior. 16 // Revista da CAASP / Fevereiro 2014 Mais uma vez vice de Dilma? “Tudo indica que sim.”
Revista da CAASP - Edição 09 -
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