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Revista da CAASP -- Edição 07--

SAÚDE \\ Receita para vencer as DSTs: educação sexual e prevenção O IX Congresso da Sociedade Brasileira de DST e o V Congresso Brasileiro de Aids, realizados em agosto último, atestaram que a sífilis congênita e o HPV são as prioridades atuais no campo das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Apesar da queda de 33% nas contaminações por HIV no mundo, conforme divulgado pela ONU (Organização das Nações), a OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que no Brasil ocorram por ano 937 mil novos casos de sífilis e 685 mil contaminações por HPV na população sexualmente ativa. Além disso, cerca de 255 mil brasileiros estão infectados pelo HIV e não sabem. “Temos evoluído na quantidade e na qualidade do diagnóstico e do tratamento das doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a Aids, mas ainda erramos na prevenção dessas doenças”, afirma Jean Gorinchteyn, médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo. “O adolescente descobre o sexo e a sexualidade sozinho ou em conversas com amigos, sem embasamento científico quanto às mudanças que ocorrem com ele e os cuidados que precisa tomar - tudo por conta de um pudor estabelecido na sociedade em relação às questões sexuais. Ora, se não levantamos a luz para discutir as questões sexuais, que dirá para discutir a prevenção de doenças causadas por essas relações sexuais”, nota o infectologista. “A maioria dos jovens em fase de iniciação sexual nem sabe como vestir um preservativo. Há ainda aqueles que usam até duas camisinhas, achando que assim estarão mais protegidos, quando na verdade somente aumentam as chances de fissura. Além disso, esquecem que sexo oral também é sexo.” 30 // Revista da CAASP / Outubro 2013 Reportagem de Karol Pinheiro


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