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lugar, isso porque o garoto que estava na minha frente trapaceou - eu o vi realizando parte do trajeto montado em uma bicicleta. Não sei por que não o delatei”, relata, revivendo a situação com bom humor. No mesmo ano, o jovem Rabay sofreria uma distensão reincidente do músculo adutor da coxa, que o impediria de correr por algum tempo. “Eu era tão viciado que continuei correndo e acabei piorando meu quadro”, lembra. Por obra de sua teimosia, a recuperação demorou seis meses. Hoje, constam do currículo do advogado-corredor participação em nada menos que quatro maratonas e 200 outras provas de rua. Quanto aos títulos conquistados, talvez por modéstia, ele é impreciso: “Obtive diversas classificações boas, mas de cabeça é difícil guardar todas”. Por óbvio, ele não se esquece de que venceu em 2012 a RoadRunner, corrida de 10 quilômetros em Las Vegas, Estados Unidos. Mas a prova que mais o marcou foi no ano 2000 – ele tinha 28 anos -, a maratona em Curitiba. O resultado não podia ser melhor: décimo lugar na classificação geral e primeiro na categoria por idade. “Ficar entre os dez primeiros na categoria geral numa maratona é muito gratificante para um atleta amador”, diz. Abril 2013 / Revista da CAASP // 53 // Correr, correr, correr O tempo rareia na vida do Arthur Rabay. A advocacia consome a maior parte do seu tempo de segunda a sexta-feira, enquanto o mestrado exige horas de leitura aprofundada. Ao lado disso, tem de pegar estrada no fins de semana para passar algumas horas com a esposa e os dois filhos, de quatro e cinco anos, que moram em Itapetininga, no interior paulista “Defino minha rotina em etapas: correr, trabalhar, ler e escrever. Talvez eu devesse mudar a ordem e deixar a corrida por último, mas não conseguiria”, admite. Por quê? “Ser advogado é desgastante - precisamos de uma válvula de escape. A corrida é o momento em que eu me desligo dos problemas. Se eu não pratico, sinto falta”. Segundo Rabay, a chave para dar conta de tudo é a disciplina. Com disciplina, portanto, Arthur Rabay poderá atingir uma marca histórica em 2013: a conquista de seu décimo título consecutivo na Corrida do Centro Histórico de São Paulo, da qual participam cerca de 8 mil atletas. “Não se ganha nada de véspera. Eu estou treinando para fazer por merecer”, assinala, destacando o caráter festivo da competição: “É uma prova extremamente oportuna para fazer novas amizades e reencontrar velhos colegas. Nessa prova conheci advogados que hoje são meus amigos”. Arquivo OAB / CAASP Nove vezes campeão da Corrida do Centro Histórico


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