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PARCERIA \\ Os quase 7 bilhões de habitantes da Terra falam aproximadamente 7 mil idiomas. Mas o mundo dos negócios globalizados é monoglota - fala inglês. Os executivos com boa vontade – e maior bagagem cultural – fazem concessões ao espanhol e ao francês. Para muitos especialistas, como o Nobel de Literatura José Saramago, o português é a língua de mais bela sonoridade. Porém, para quem quer progredir na carreira, não basta falar um idioma bonito. É preciso se fazer entender, e o português tem alcance restrito, mesmo sendo a língua nativa de 280 milhões de pessoas. No ranking dos idiomas mais falados do mundo, ocupa a sétima posição. É melhor que a posição atual da seleção brasileira de futebol na listagem da Fifa, a décima-terceira, mas insuficiente para torná-la relevante como idioma universal. “Hoje em dia, ter um segundo idioma não é mais uma opção, é primordial”, diz Sofia Zaman Boaventura, coordenadora de uma escola de inglês. E isso, segundo os especialistas, vale não apenas para quem ocupa lugares no topo da hierarquia empresarial. “Com o crescimento de eventos internacionais no Brasil, como a Copa do Mundo, as Olimpíadas, exposições e feiras, que geram muitas oportunidades de emprego, até profissionais em postos mais modestos, como recepcionistas e taxistas, têm vantagens quando falam o segundo idioma”, acrescenta. Para os que ocupam posição de maior responsabilidade em organizações empresariais, o domínio da segunda língua é obrigatório. Segundo pesquisa realizada por uma das maiores empresas de recursos humanos do Brasil, a Catho, intitulada “A Contratação, a Demissão e a Carreira dos Executivos Brasileiros”, que contou com a participação de 16.207 profissionais de diversas áreas, apenas 7,7% dos entrevistados informaram dominar língua inglesa. No topo da pirâmide, esse percentual sobe. De acordo com o levantamento da Catho, os profissionais com níveis hierárquicos mais altos possuem mais conhecimento no idioma, como presidentes (18,2%), vice-presidentes (16,1%) e diretores (18,6%). Na pesquisa realizada em 2007, 22,4% dos participantes do programa de treinee falavam inglês. Já na edição de 2009, esse número subiu para 24,5%. 46 // Revista da CAASP / Abril 2013 Reportagem de Joaquim de Carvalho


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