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Revista da CAASP - Edição 03

A ONG “C Tem que Saber, C Tem que Curar” realiza ainda palestras instrutivas e distribui cartilhas à população. Todas as ações da entidade estão descritas em www.ctemquesaber.com.br. A busca pela vacina Um novo grupo de medicamentos contra hepatite C foi apresentado no início de novembro de 2012 no Congresso da Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado, realizado em Boston (EUA). A esperança é que vençam a resistência do HCV e contribuam para o desenvolvimento de terapias que não façam uso do Interferon, grande causador de efeitos colaterais. Além disso, quatro laboratórios têm medicamentos em fase de testes e que devem levar até três anos para entrarem no mercado. Paralelamente, a ciência busca o desenvolvimento da vacina contra hepatite C. O mais recente estudo sobre uma possível imunização foi no inicio de 2012 na revista científica Science Translational Medicine. Segundo médicos britânicos e italianos, que apresentaram a nova proposta, o produto por eles criado obteve bons resultados numa pesquisa clínica em humanos, mas ainda encontra-se em fase experimental. A possível vacina usa um vírus modificado e se mostrou segura em 41 pessoas saudáveis, provocando respostas imunes similares às observadas em 25% dos indivíduos que apresentam defesa natural contra a hepatite C. A consolidação da vacina depende de mais resultados que comprovem sua eficácia, como reconhecem os próprios autores do estudo. Confirmada a segurança do novo medicamento, eles procurarão saber se a vacina poderá ajudar a pessoas já infectadas pelo vírus de hepatite C. Segundo disse o professor da Universidade de Oxford, na Grã Bretanha, Paul Klenerman, que participou da pesquisa, já é possível gerar respostas imunes contra a hepatite C que durem por pelo menos um ano. Uma das dificuldades da comunidade cientifica em encontrar uma vacina comprovadamente eficaz, de longo prazo e segura é que o HCV sofre constantes mutações. “Para termos a vacina ideal teremos que encontrar o código genético comum a todas as variantes do vírus”, explica Roberto José de Carvalho Filho. “A expectativa da comunidade médica é que dentro de 10 anos tenhamos uma vacina eficaz contra a hepatite C”, assinala. Fevereiro 2013 / Revista da CAASP // 37


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