DIETA DO
MEDITERRÂNEO
40 REVISTA DA CAASP
você decide parar esses estímulos,
infelizmente a diferença que você fez para
sua saúde até ali vai embora”, adverte.
O advogado aposentado José Porto,
de 87 anos, estimula seu cérebro desde
sempre com a prática do xadrez. Ele é
destaque nos torneios dessa modalidade
organizados pela OAB-CAASP. Na última
edição da competição, em agosto de 2017,
ele, que pratica o jogo do intelecto desde
a adolescência, revelou: “Até hoje ainda
estou aprendendo a jogar”.
A competição da CAASP possibilita
ainda que José Porto mantenha um círculo
de amizades, o que, segundo Moraes, é
fundamental: “O isolamento social agride o
corpo e atrofia o cérebro. É importante
manter o engajamento social do idoso”,
certifica Moraes.
A dieta mediterrânea, um plano
alimentar baseado nos hábitos
dos países banhados pelo Mar
Mediterrâneo (principalmente o sul da
Itália, a Grécia e sul da Espanha), há
muito é conhecida por seus benefícios
na desaceleração do envelhecimento
e na proteção ao cérebro. Nessa dieta
privilegia-se o consumo de alimentos
como o azeite, as castanhas e os peixes
frescos, e evita-se o consumo de
gorduras saturadas, laticínios, carne
vermelha e aves.
É certo que o estilo de vida e a
alimentação saudável contribuem
para um envelhecimento saudável.
Paralelamente, a crença de que há
um forte componente genético por trás
da longevidade tem levado cientistas do
mundo todo a buscar o que há de comum
entre os genomas de longevos há anos.
“Quem não carrega mutações graves
no seu DNA tem uma chance maior de ser
longevo e não desenvolver doenças”, diz
o geneticista Michel Naslavsky, do Centro
de Pesquisa sobre o Genoma Humano e
Células-Tronco (CEGH-CEL) da Universidade
de São Paulo.
Um jeito de descobrir mutações
capazes de nos roubar anos de vida é
realizando o mapeamento do genoma. O
genoma é um grande e complexo “disco
SAÚDE
Arquivo Medivital
Moulin Moraes: “ É preciso alimentar o cérebro de
atividade intelectual”.