condicionamento físico com
a chegada da idade. Só que
mesmo com essa perda, uma
pessoa ativa terá na terceira
idade um condicionamento
melhor do que um jovem de
20 anos sedentário”, afirma
o educador físico Diego Leite
de Barros, especialista em
fisiologia do exercício.
No corpo, o processo de
envelhecimento acarreta
perda de massa muscular,
que na prática significa
perder força, o que traz
dificuldades na rotina dos
idosos, causando dependência
e em grau elevado incapacidade
física. Os ossos também sentem a chegada
do envelhecimento. Ficam mais frágeis e
menos resistentes, o que os torna mais
propensos a fraturas. “A atividade física
tem a capacidade de reduzir a velocidade
com que essas diminuições acontecem”,
salienta Barros. Ressalte-se que a perda
acentuada de massa muscular e óssea
pode estar relacionado a outros fatores,
como doenças.
A musculação e o pilates para idosos
vêm ganhando muitos adeptos nas últimas
décadas. “Um grupo muscular bastante
trabalhado em idosos, além daqueles
tradicionais localizados nos membros
superiores e inferiores, são os músculos
do ‘Core’, um conjunto de músculos
responsável pelo nosso equilíbrio e pela
adequação postural do tronco em qualquer
movimento”, explica Barros.
A Organização Mundial de Saúde
recomenda o nível mínimo de 2.200
quilocalorias (kcal) gastas por semana em
atividades físicas regulares para que um
indivíduo não seja considerado sedentário
e diminua a probabilidade de morrer cedo.
REVISTA DA CAASP 39
“A falta de tempo é a principal desculpa
para incluir exercícios na rotina. Mas assim
como ir ao banheiro é uma necessidade
básica do corpo, a atividade física também
é, e está provado. Ninguém deixa de ir ao
banheiro por falta de tempo, logo, não
deveria deixar de praticar um exercício
durante alguns minutos do dia”, adverte
Barros.
“Não existe diferença entre saúde do
corpo e saúde do cérebro. A prática de
atividade física estimula no cérebro a
formação de novas memórias e neurônios.
Mas é preciso alimentar o cérebro
também de atividade intelectual”, afirma o
neurologista Fabiano Moulin Moraes.
Acredita-se que um em cada três casos
de demência poderia ser prevenido se mais
pessoas se preocupassem com a saúde
mental ao longo da vida. Assim como os
músculos do corpo, o cérebro também
tem seu volume reduzido pela idade.
Moraes ressalva que esse encolhimento
não necessariamente implica em prejuízos
à função. “O importante é não deixar de
estimular o cérebro e corpo. Se aos 60 anos
SAÚDE
Shiguemoto: “Fazer academia é essencial”.
Arquivo Maisa K.
Arquivo CAASP