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Revista da CAASP - Edição 26-

Não se avista céu de brigadeiro no horizonte brasileiro - não tão cedo. E a reportagem de capa desta edição trata de um dos temas mais polêmicos neste cenário tortuoso, senão o de maior potencial conflituoso: a reforma trabalhista. O leitor encontrará nas páginas a seguir opiniões abalizadas sobre que deve ser feito com a antiga, mas nem por isso descartável, Consolidação das Leis do Trabalho, conjunto de normas que alguns querem modernizar, outros querem enterrar. Conhecerá, o leitor, dois casos que provam o quanto é complexo realizar uma reforma nesse campo: se um empresário vai à breca por não suportar os encargos trabalhistas da folha de funcionários, um trabalhador vê sua vida arrasar-se após ser precariamente terceirizado. Em “Entrevista”, o personagem desta edição é o jurista Lenio Streck, ardoroso e polêmico defensor da chamada “Constituição dirigente”. O professor, autor de mais de 40 livros, não aceita que a moral e a política se sobreponham ao Direito, tampouco considera positivo o ativismo judicial que predomina hoje no Brasil. “O ponto central da fragilização da Constituição está na aposta no ativismo judicial. O ativismo nunca é bom para a democracia”, diz, entre outras frases igualmente incisivas. A Revista da CAASP foi ver de perto o dia-a-dia de uma ONG voltada aos dependentes de drogas, e descreve na seção REVISTA DA CAASP 5 EDITORIAL “Saúde” um meio alternativo de lidar com as pessoas viciadas em crack. Também traz o diagnóstico do vício e o tratamento indicado pela medicina tradicional às vítimas dessa droga poderosa, que cria guetos de um trágico submundo nas metrópoles brasileiras. Na seção “Dicas”, o leitor encontrará boas opções para levar a família nas férias de verão, opções atrativas e viáveis mesmo em momento de crise econômica. Nestes tempos estranhos em que o Prêmio Nobel de Literatura é concedido a um músico, a seção “Literatura” traz alentada análise da obra de um escritor de verdade, um dos maiores: Thomas Mann. Em “Cinema”, o leitor que ainda não assistiu a Rashomon, do genial diretor japonês Akira Kurosawa, saberá como a subjetividade humana pode ser retratada pela linguagem cinematográfica. Fecha a edição, em “Opinião”, artigo do advogado e professor de Direito da USP Heleno Torres, sob o título “Um balanço da regularização de ativos lícitos no Exterior”, outro tema na pauta urgente deste complicado Brasil.


Revista da CAASP - Edição 26-
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