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Revista da CAASP - Edição 23

Veículos de comunicação, não raro, mudam seus aspectos visuais como quem troca de roupa. Inserem cores, aplicam efeitos, recriam seções com nomes diferentes, realizam verdadeiras piruetas gráficas e editoriais. A esse processo chamamos perfumaria. Talvez renda alguns novos leitores, mas certamente faz evaporar outros tantos. Nada a ver com modernizar-se de fato. Em nossas andanças e conversas nos ambientes em que a advocacia se faz presente, temos ouvido elogios à Revista da CAASP - é claro que também críticas, mas estas têm sido pontuais e construtivas, o que muito nos gratifica. Após quatro anos, a Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo constatou que o projeto editorial original de sua revista deveria ser mantido, mas o grafismo que lhe dá forma e cores merecia ser remodelado. Sem pirotecnias, contudo. O que o leitor notará a partir desta edição é que as seções as quais acostumou-se a ler estão todas presentes, escritas com o mesmo rigor jornalístico, nossa preocupação maior ao lado do correto trato da língua. Seus olhos, contudo, acreditamos terão grata surpresa. REVISTA DA CAASP 5 EDITORIAL A reforma gráfica que marca esta vigésima-terceira edição da Revista da CAASP pretende nos tornar mais arejados, donos de legibilidade mais fácil. Mais bonitos. E ainda assim identificados com nossa face original. O conteúdo abrigado pelo novo grafismo, de outra parte, não poderia ser mais oportuno. Também o Brasil entra numa nova fase com o governo interino de Michel Temer, pelo qual torcemos, mas ao qual, por compromisso jornalístico, reservamos um olhar crítico. O Governo Temer é o assunto da reportagem de capa desta edição, que traz na seção Entrevista um dos responsáveis por sua existência: o jurista Hélio Bicudo, autor do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff junto com os colegas Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal. O Brasil tem problemas sérios, mas nenhum tão grave quanto aqueles que afligem as populações que habitam áreas de conflito na África e no Oriente Médio. A terrível realidade dessas pessoas é compartilhada, e amenizada, por profissionais de saúde de organizações como a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteiras. A Revista da CAASP foi ouvi-los para a seção Saúde. Os relatos são estarrecedores.


Revista da CAASP - Edição 23
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