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Revista da CAASP - Edição 20

DICAS \\ dormindo e são mais ativos à noite. Se o objetivo é ter um animal de estimação para brincar ou acariciar, salamandra ou tartaruga não são recomendadas. Mas, se a meta é ter um animal apenas para observar e não se sentir sozinho, ambas podem ser úteis. Em um pet shop da avenida Domingos de Moraes, na Vila Mariana, até cobras são vendidas como animais de estimação. Tudo, é claro, com autorização do Ibama. O pet vende também o alimento da cobra: ratinhos vivos. Passarinhos criados em gaiola não sobrevivem soltos 34 // Revista da CAASP / Dezembro 2015 “Uma pessoa que tem uma cobra deve saber que haverá pouca interação com ela. Você pode colocar no pescoço, passar a mão, mas nunca terá a interação de um cão ou de um gato”, afirma o empresário Alessandro Desco. Os militantes das organizações de proteção de animais torcem o nariz, mas a verdade é que ainda faz muito sucesso o pássaro em casa. Só que a escolha não é tão simples e também exige dedicação do dono. Não basta chegar no pet shop e escolher um pássaro que cante bastante ou que interaja com o dono. É importante descobrir qual companheiro é o ideal. A variedade de espécies é grande. Escolher pela beleza? Pelo canto? Aves da família das araras e papagaios, por exemplo, são muito inteligentes. Podem aprender a falar, realizar truques e certamente serão muito carinhosas com seus donos. Mas são caras: algumas podem custar até R$ 70 mil. Um Papagaio Africano Cinzento dificilmente sairá por menos de R$ 12 mil. Em casa, em razão dos preços mais acessíveis, os pássaros mais comuns são periquitos e canários. Eles têm características muito diferentes. O periquito pode até imitar a fala humana, mas na maior parte do tempo é silencioso. Já o canário tem um dos mais belos cantos da natureza. “Guarda responsável” O preço é certamente uma das razões que fez prosperar comércio ilegal de animais silvestres, cruel e degradante sob qualquer ângulo. “Deve ser tratado como crime hediondo”, diz a jornalista e publicitária Vanessa Pereira, que se envolveu tanto na luta pelo bem-estar dos animais que é hoje consultada para dar orientações sobre como cuidar deles, sejam quais forem. Ainda criança, viu a mãe abrir a gaiola de casa para soltar pássaros – algo que, hoje ela sabe, não deve ser feito sem um período de adaptação, já que um pássaro de gaiola em geral não sabe se alimentar sozinho. Vanessa tem hoje dois cães, um de raça e outro um vira-lata que a mãe encontrou na rua, com uma perna quebrada em razão de espancamento. A mãe faleceu há pouco tempo, e Vanessa assumiu esse legado. Cuida do cachorro, o Manco, e ajuda voluntariamente nas instituições que assumem Vanessa: comércio ilegal de animais deve ser tratado como crime hediondo Arquivo V. P. Arquivo A. A.


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