Page 31

Revista da CAASP -Edição 17

Ricardo Bastos Uma pesquisa do instituto Data Popular constatou que 47% dos brasileiros da chamada classe C já possuem um smartphone, e esta é sua principal forma de acesso à internet. Nas classes A e B, o índice é de 77% e 60%, respectivamente. O número de smartphones em uso no Brasil ultrapassa o de computadores. São 154 milhões de celulares inteligentes, contra 152 milhões de computadores, segundo Relatório Anual de Tecnologia da Informação, produzido pela Fundação Getúlio Vargas. “Não há como o advogado ficar à margem dessa tecnologia. É um caminho sem volta e quanto mais cedo as pessoas perceberem o quanto ela se faz necessária, melhor”, afirma o professor da ESA. Foi nesse cenário que o advogado Fabrício Posocco viu-se obrigado a rever a estratégia de trabalho utilizada por ele e por sua equipe no escritório Posocco & Associados. Em 2013, o atraso tecnológico de seu escritório em relação à concorrência era nítido. “Com a digitalização do Judiciário, íamos ao fórum tirar cópias dos processos portando máquinas fotográficas digitais. Mas esse procedimento era demorado demais quando comparado com o utilizado por alguns poucos colegas”, lembra Posocco. “Enquanto nós precisávamos voltar ao escritório, transferir as imagens da câmera para o computador para, enfim, compartilhar a informação com os demais advogados do escritório, outros munidos de um smartphone e um aplicativo, compartilhavam a imagem digital direto do fórum”, descreve. Ao equipar seus profissionais com celulares inteligentes repletos de aplicativos, o escritório logo deu sinais de avanço. “Houve um aumento de 40% em nossa produtividade. Ao mesmo tempo, diminuímos custos com mão de obra, material de escritório - como papel - e com transporte. Aprimoramos a comunicação com o cliente e também alcançamos novos clientes que encontraram em nós uma agilidade que outros escritórios ainda não possuem”, detalha Posocco. Atheniense: “tenho todo o meu escritório na ponta dos dedos” Sem dúvida, os jovens têm mais facilidade em lidar com APPs como ferramenta de trabalho, por serem a geração da internet. Já para quem tem mais de 60 anos, a adaptação pode ser mais difícil. “O cenário que temos hoje é o mesmo que tivemos quando a datilografia por máquina de escrever substituiu a escrita manual e, posteriormente, a datilografia da máquina foi substituída pela digital, no computador. Havia falta de habilidade dos profissionais em manipular os novos meios e estes tiveram que se adaptar”, compara Atheniense. Escolher o APP e aprender a utilizá-lo Mais de 1,8 milhão de aplicativos estão disponíveis para download na App Store e na Google Play Store. Como escolher o melhor aplicativo com tanta variedade? “Existem dois tipos de softwares: os que funcionam e os que não funcionam. E quem define essa classificação? O usuário. Ele deve estar a fim de conhecer a ferramenta e aprender a utilizar todas as Junho 2015 / Revista da CAASP // 31 Posocco: aplicativo aumentou a produtividade do escritório


Revista da CAASP -Edição 17
To see the actual publication please follow the link above