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Revista da CAASP -Edição 17

Como você situa a figura de Marina Silva no âmbito da política brasileira? A Marina é uma liderança incontestável. Em 2010 ela teve 20 milhões de votos, e as pessoas disseram que aquilo tinha sido um acaso. Ela passou praticamente quatro anos distante, voltou em 2014 não para ser candidata a presidente, mas acabou sendo por uma circunstância dramática e conseguiu ter 23 milhões de votos. É uma liderança feminina que tem uma capacidade de diálogo muito grande, e que tem muita sensibilidade para olhar a sociedade para frente. Toda a questão da sustentabilidade, todo esse movimento dos jovens, que ela chama de “ativismo autoral”, mostra uma concepção de sociedade que está em movimento, buscando novas formas de atuação política, buscando sair um pouco desse sistema partidário. Embora a Marina acredite em partidos, tanto que faz todo esse esforço para criar a Rede, ela almeja um partido que busque dialogar com a sociedade, mais aberto, mais arejado, com regras mais flexíveis. Junho 2015 / Revista da CAASP // 15 Acho que ela tem a capacidade de enxergar mais longe. Você já está coordenando a campanha dela de 2018? (risos) Não. Eu não sei o que vai ser em 2018, ainda mais com este cenário de crise. Ninguém sabe o que vai acontecer em 2018. Como a própria Marina diz, ela não é uma candidata permanente. Daqui até 2018 muita água vai correr.


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