Representando a Educorp, o diretor Murilo Furtado de Mendonça Júnior falou dos objetivos da parceria. “Queremos ajudar o advogado a dar os primeiros passos para se transformar num empreendedor”, afirmou. Também participaram da cerimônia o secretário-geral da CAASP, Rodrigo Ferreira de Souza de Figueiredo Lyra, e o assessor de Relações Institucionais da entidade, George Niaradi. Assim que o primeiro curso foi anunciado, no dia 13 de janeiro, o advogado Francisco Ramos não deixou passar a oportunidade. “Há alguns anos, soube que a Fundação Getúlio Vargas ofereceu um curso parecido e me arrependo muito de não ter feito. Agora surge uma nova chance, e eu não vou deixar passar”, disse. Formado pela FMU, Francisco fez estágio em grandes escritórios de advocacia, como o Pinheiro Neto, e trabalhou em grandes empresas, mas nunca recebeu suporte teórico para abrir seu próprio escritório. Contratado dessas empresas, Francisco Ramos não tinha a menor ideia de como cobrar por um trabalho autônomo. Há três anos, quando tinha 26 de idade, a mãe de uma amiga, que é empresária, perguntou se ele era inscrito na OAB e podia defendê-la numa ação contra uma empresa de telefonia. ” Ela me perguntou quanto eu cobraria e eu disse não sei”, recorda. Arquivo F. R. Francisco: para crescer, escritório precisa profissionalizar a administração Fevereiro 2015 / Revista da CAASP // 33 Ele recorreu à tabela da Ordem e acertou o preço, mesmo sabendo que a tabela é apenas uma referência. Francisco ganhou a ação e acabou recebendo R$ 4.500,00 de honorários de sucumbência e mais R$ 2.600,00 que o juiz mandou a empresa pagar pela complexidade da ação. “Como advogado iniciante, recebia salário de R$ 2.500 por mês. Eu vi que, com uma única ação, eu poderia ganhar mais. O caminho era abrir meu próprio escritório”, conta. Francisco Ramos admite que teve sorte. Com a vitória na ação, vieram mais clientes e ele trocou uma pequena sala alugada na rua São Bento por um imóvel próprio, no Jardim Anália Franco, bairro nobre de São Paulo. “A sorte existe, mas, se você não estiver preparado, as oportunidades terão alcance limitado”, comenta. Para Francisco, o limite de crescimento já chegou e ele precisa profissionalizar o escritório, mas não sabe como fazê-lo. “Eu sou o caixa da empresa, o relações públicas, o gerente de recursos humanos e um dos advogados. Não dá, mesmo sendo filho de comerciantes”, brinca. O curso inicial da parceria da CAASP-Educorp foi programado para quatro módulos, cada um com duração de quatro horas em dias diferentes. O primeiro será sobre fundamentos de finanças, o segundo tratará da gestão de pessoas. Para finalizar, um módulo sobre negociação e outro acerca de plano de negócios.
Revista da CAASP -Edição 15
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