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Revista da CAASP -Edição 15

São várias as frentes em que o preconceito deve ser combatido, algumas de tal maneira enraizadas que chegam a passar despercebidas, como cita o reitor da Zumbi dos Palmares: “Ao meu ver, a manifestação mais trivial de preconceito de cor, e portanto a mais grave, é aquela que de maneira orquestrada promove a mutilação e a exclusão do negro da representação psicológica da vida e dos valores nacionais: a exclusão estética. Num país de miscigenados, onde o negro representa 53% da população, de forma deliberada e por regra não escrita incentiva-se uma estética pública e oficial branca”. Em tal cenário, a política de cotas universitárias traz resultados positivos, entende José Vicente, posto que constitui uma “saída da letargia” no campo das políticas públicas que promovam a inclusão socioeconômica dos negros. As cotas, contudo, não têm servido para diminuir o preconceito. “A discriminação continua igual, às vezes até mais ostensiva e agressiva, por conta da maior visibilidade em alguns espaços que permitem maior presença de negros, como as universidades que praticam as cotas”. *Colaborou Joaquim de Carvalho Fevereiro 2015 / Revista da CAASP // 25


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